"Depois de tantas buscas, encontros, desencontros, acho que a minha mais sincera intenção é me sentir confortável, o máximo que eu puder, estando na minha própria pele É me sentir confortável, mesmo acessando, vez ou outra, lugares da memória que eu adoraria inacessíveis, tristezas que não cicatrizaram, padrões que eu ainda não soube transformar, embora continue me empenhando para conseguir.” Ana Jácomo

Seguidores

agosto 12, 2016

A Cópula - Manuel Bandeira



Depois de lhe beijar meticulosamente
o cu, que é uma pimenta, a boceta, que é um doce,
o moço exibe à moça a bagagem que trouxe:
culhões e membro, um membro enorme e turgescente.

Ela toma-o na boca e morde-o. Incontinenti,
Não pode ele conter-se, e, de um jacto, esporrou-se.
Não desarmou porém. Antes, mais rijo, alteou-se
E fodeu-a. Ela geme, ela peida, ela sente

Que vai morrer: - "Eu morro! Ai, não queres que eu morra?!"
Grita para o rapaz que aceso como um diabo,
arde em cio e tesão na amorosa gangorra

E titilando-a nos mamilos e no rabo
(que depois irá ter sua ração de porra),
lhe enfia cona adentro o mangalho até o cabo.

4 comentários:

  1. Ow delícia! E uma delícia de Manuel Bandeira, o que não é pouca coisa ;)
    Fiquei uns dias fora e volto com saudades.
    Tenha um lindo fim de semana.
    Beijos de {Λїta}_ST

    http://odiariodaescrava.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir
  2. Delícia de poema... esse poema de Manuel Bandeira foi um coice na cara da sociedade brasileira, quando ele a tornou. Foi um soco na cara do Brasil.
    Ele chegou a ser preso por isso!

    ResponderExcluir